Inovação

Como transformar falhas em aprendizados valiosos?

  • Conteúdo por Rafaela Dias
  • Publicado em 19 de fevereiro
  • Tempo de leitura 7 min
Como transformar falhas em aprendizados valiosos?

Falhar é uma das partes mais importantes do caminho até o sucesso profissional. A maioria das grandes empresas mundiais já passaram por turbulências decorrentes de erros de trajeto.

Porém, o que as diferencia no mercado não são as suas falhas, mas sim como elas escolheram, de forma estratégica, aprender com cada um de seus equívocos.

A importância do erro

Ao longo da história, criou-se o conceito de que não se pode errar, pois, a partir da primeira falha, uma empresa tem seus caminhos culminando em apenas um lugar: o fracasso.

No entanto, atualmente, há uma corrente de mudança responsável por desmitificar o erro, reduzindo o valor dado ao fato em si e focando, em especial, no aprendizado adquirido e, também, nas estratégias criadas para que falhas como essas não aconteçam com tanta frequência.

As empresas que compreenderam esse movimento estão vários passos a frente, trazendo mais confiança, autonomia e visão analítica aos colaboradores, bem como um reconhecimento e autenticidade aos olhos do público.
Para exemplificar ainda mais como um erro pode transformar uma empresa (se for encarado de maneira inteligente e eficaz), conheça falhas importantíssimas que fizeram com que ideias se transformassem em grandes projetos.

O caso New Coke

Já imaginou abrir uma latinha de Coca e encontrar um gosto mais adocicado e suave? Isso realmente aconteceu. Em 1985, após anos de sua fabricação, a Coca-Cola decidiu mudar o seu sabor, introduzindo no mercado o seu novo carro-chefe, a New Coke.

A empresa, então, investiu seu capital no novo sabor, retirando a formulação antigas das prateleiras. O público, já apaixonado pela Coca-Cola desde sua criação, 99 anos antes, rejeitou a mudança de forma massiva, levando a quedas bruscas nas vendas, produtos empacados e, inclusive, à criação de um grupo conhecido como “Old Cola Drinkers”, que espalhou camisetas, organizou protestos e lutou para que a bebida voltasse ao seu original. Eles alegavam que a substituição foi uma falha e era digna, até, de um processo judicial, caso a New Coke não fosse retirada dos estabelecimentos e fosse substituída pela antiga.

Com toda a comoção envolvendo o novo sabor, a empresa resolveu relançar a fórmula original de Coca-Cola sob o nome Coke Classic, retornando, assim, ao coração do público. Aos poucos, a New Coke sumiu do mercado.

O que a Coca-Cola aprendeu com essa história?

Uma falha da empresa, no caso, a criação da New Coke, poderia levar o produto para dois caminhos: o fracasso ou o renascimento. Felizmente, os envolvidos no processo resolveram escutar o seu público e trazer de volta o sabor que perdura até os dias de hoje conquistando corações.

  • Dessa forma, é possível perceber alguns pontos importantes:
  • Escutar o seu público é ideal para evitar falhas graves;
  • Antes de lançar um produto, especialmente em substituição a outro, é essencial realizar pesquisas de empatia e rodadas de experimentações com o público-alvo para que, dessa forma, compreenda-se qual a real necessidade latente ao produto;
  • Conhecer, respeitar e, até mesmo, criar estratégias com base na nostalgia e no amor do público por um determinado produto pode ser a peça-chave para o sucesso;
  • A inovação, apesar de seu nome, nem sempre mora no que é novo, mas, também, no que é necessário.

Quando uma única mente poderia levar uma empresa ao sucesso ou ao fracasso

A empresa Apple, por muito pouco, não fracassou antes de chegar ao sucesso que é hoje. A grande maioria das pessoas têm ou conhece alguém que anda pelas ruas com algum dispositivo Apple, seja iPhone, iPad, Macbooks, entre outros, mas nem sempre foi assim.

A empresa teve seu início no quarto de Steve Jobs, onde ele e seu colega Steve Wozniak se debruçaram em análises e em ferramentas para criar o Apple I, que se tornou um dos primeiros computadores pessoas já criados no mundo. Entretanto, ao longo do processo, e após a idealização e criação de diversos outros aparelhos e dispositivos, ocorreu uma fissura criativa na liderança, o que levou à expulsão de Jobs.

Da pior forma, a empresa percebeu que as ideias autênticas de Steve Jobs eram as grandes responsáveis pela estrutura firme da Apple como uma empresa do ramo de tecnologia. Os novos produtos (pós-Jobs) não venderam, as reclamações aumentaram e, consequentemente, as dívidas também. Doze anos depois de sua expulsão, Jobs foi convidado a retornar para tentar reerguer o que, antes, era uma promissora e ousada empresa.

Hoje em dia, a Apple continua sendo uma empresa líder de vendas e de inovação no mercado e, muitas de suas ideias têm estampadas em seu core a coragem de Steve Jobs.

Os aprendizados da Apple

  • Em momento algum, após a sua volta, Jobs abriu mão de suas criações ousadas e que desafiavam o status quo. Era exatamente isso que o seu público buscava;
  • A autenticidade de uma marca conquista um público e, depois, é necessário continuar o caminho com mentes que tentem sempre ultrapassar os limites antes conhecidos. Clientes que buscam ousadia não irão se contenter com o básico;
  • A Apple, apesar de ser uma marca, é a personificação da mente criativa de Jobs e precisa manter sua memória viva.

Como transformar falhas em aprendizados valiosos?

O conceito de “fail fast”

Já foi possível perceber que compreender seu público, analisar dados e estabelecer a imagem da marca foram atitudes essenciais para que empresas como Coca-Cola e Apple desviassem do caminho do fracasso, não?

Entretanto, outro ponto em comum nessas histórias foi a velocidade com que as falhas foram corrigidas. Recalcular a rota é sempre uma decisão acertada quando o assunto são os erros, mas um fator importante para que a empreitada dê certo é a velocidade com que as soluções são colocadas em prática. Para tanto, criou-se o conceito de “fail fast” ou, errar rápido.

Essa mentalidade apresenta, em seu centro, a ideia de mergulhar nas falhas, analisá-las e, com isso, retirar aprendizado contínuo para que, a partir disso, aconteçam apenas novos erros e não a repetição de erros antigos.

Algumas práticas estratégicas para colocar em prática a cultura do “fail fast” em sua empresa são:

  • Testagens: realizar testes antes de colocar um produto ou ferramenta no mercado é essencial para entender se, de fato, é isso que o público-alvo procura;
  • Ouvir os clientes: os feedbacks, sejam positivos ou negativos, são bases fortes para a aplicação de melhorias;
  • Aprender com as falhas: erre, mas corrija rapidamente;
  • Inove constantemente: a chave para que uma empresa continue se movimentando inteligentemente no mercado é a inovação (a qual, lembrando, mora na necessidade).

Como o Hub Criah pode ser seu parceiro nessa nova etapa?

Nada mais válido do que começar a aplicar culturas de inovação e de “fail fast” com o auxílio de uma empresa que respira esses assuntos diariamente. Com o Hub Criah, você consegue compreender ainda mais as necessidades e os próximos passos mais estratégicos para ver a sua empresa crescer e ser reconhecida no mercado.

Gostou do conteúdo e quer saber mais sobre o dia a dia da Criah? Acompanhe as redes sociais para ficar por dentro de todas as novidades do mundo corporativo e revisite o blog para ler mais conteúdos sobre ideias, criatividade, pessoas e negócios.

Artigos para expandir sua mente